segunda-feira, 17 de maio de 2010

O que é Light? O que é Diet?



Quem tem restrições nutricionais específicas, deve consumir produtos diet. Um alimento diet é aquele isento de determinado nutriente, como o glúten, o açúcar, o sódio, o colesterol ou a gordura, por exemplo. São produtos que foram desenvolvidos, em sua essência, para atender a grupos específicos, como as pessoas que vivem com diabetes ou os celíacos (alérgicos a glúten). Por isso, não basta que a inscrição diet venha impressa na embalagem. É preciso especificar, no rótulo, que substância foi retirada ou substituída na fórmula.
Os produtos com a inscrição diet também podem ser utilizados em dietas de emagrecimento e reeducação alimentar; mas vale lembrar que nem sempre a isenção de uma substância implica em redução de calorias. Vem daí a confusão.
Muita gente interpreta o termo inglês diet, que pode ser entendido como “dietético”, como light. No entanto, a tradução da palavra é mais ao pé da letra e quer dizer apenas “dieta” mesmo – seja ela para emagrecer, para evitar reações alérgicas (no caso dos celíacos) ou para ajudar no tratamento de doenças metabólicas (como o diabetes).


LIGHT
O light surgiu para o consumidor que se preocupa com a saúde. Já os produtos com a distinção light, que em inglês significa “leve”, não precisam, necessariamente, ter isenção total de certo ingrediente. Basta uma redução de, no mínimo, 25%, indicada na embalagem.
Ao contrário dos alimentos diet, os produtos light não foram desenvolvidos para atender às necessidades nutricionais de determinado grupo. Eles surgiram para suprir a demanda de uma fatia crescente da população, que se preocupa com o bem-estar e a manutenção da saúde.
“Por isso, o light e o diet trilharam caminhos diferentes. O conceito de light ficou atrelado à qualidade de vida e o de diet, à doença”, “Mas não é bem assim. Muitos produtos podem ser light e diet ao mesmo tempo e consumidos tanto por quem tem necessidades nutricionais específicas, como por quem quer controlar o peso por motivos estéticos, por exemplo”.


ZERO
O zero é para quem não é diet, nem light. Os chamados alimentos zero tanto podem ser diet, quanto light – a diferença está no conceito e não nos ingredientes usados na fabricação.
Produtos zero são aqueles destinados aos consumidores que não se identificam nem com o diet, nem com o light, como os adolescentes e os adultos do sexo masculino. Não há nenhuma diferença na fórmula; o que muda é o público.
Por isso, mais uma vez, a dica é jamais esquecer de verificar os rótulos dos produtos antes de comprar.


A nutricionista Regina Corrêa nos explica abaixo a diferença dos termos DIET e LIGHT em produtos.

Atualmente muito se fala sobre os termos diet e light na alimentação. A primeira idéia que passa na mente quando se fala em DIET, é que são produtos com baixo valor calórico, e portanto seriam livremente permitidos para as pessoas que desejam perder peso. Mas e os alimentos chamados LIGHT? Na realidade qual seria a melhor opção? Em que os alimentos diet e light são diferentes? Como fazer a melhor escolha para uma alimentação saudável?
O termo DIET pode ser usado em alimentos com restrição de nutrientes (proteínas, carboidratos, gorduras, sódio), bem como nos alimentos com ingestão controlada (no controle de peso ou açúcares). Por exemplo: O refrigerante diet não pode conter o açúcar. Já alimentos restritos em carboidratos e gorduras podem ter adição de no máximo 0,5 g por 100 gramas ou 100 ml do produto. Os alimentos restritos em proteínas devem ser isentos desse nutriente.
Porém o fato do alimento não conter certo nutriente não significa que ele tenha redução significativa de calorias. Podemos citar os chocolates diet, que não contém açúcar, mas o seu valor calórico é muito próximo ao chocolate tradicional. Isto deve-se ao fato de ter sido adicionado mais gordura em sua fórmula (para manter as características de textura, paladar, etc). No caso do chocolate diet é indicado principalmente para pessoas portadores de diabetes, mas não necessariamente para quem deseja emagrecer. No caso do iogurte 0% de gordura a troca é válida por ter diminuição calórica bem acentuada.
O termo LIGHT é usado para os alimentos que possuem redução mínima de 25% em determinado nutriente ou calorias quando comparado ao alimento convencional. Quando há uma diminuição no teor de algum nutriente energético (proteína, carboidrato, gordura). No caso de redução do sódio (não energético) como por exemplo no sal light, não irá interferir na quantidade de calorias do alimento. Portanto, a quantidade permitida para o consumo do alimento não deve ser aumentada pois nem sempre ele apresenta tão baixas calorias. Normalmente as pessoas associam a idéia do produto light à estética e não a uma disfunção de saúde.
Entretanto, alguns produtos podem ser light e diet, como no caso de alguns iogurtes desnatados (é light por ter baixo teor de gordura e diet por ser isento de açúcar).
Alguns pesquisadores norte-americanos verificaram que no caso do uso de adoçante no lugar do açúcar para redução da ingestão de calorias, pode ser na realidade uma grande cilada. A sacarina por exemplo, prepara o corpo para ingestão de grande quantidade de calorias e estimula o sistema digestivo. Porém se as calorias não chegam, pode acontecer um desequilíbrio no organismo que passa a exigir mais comida ou queima menos calorias. Isso poderia provocar um aumento de peso maior do que quando tivesse ingerido o açúcar. Esse estudo foi publicado na revista Behavioral Neuroscience e está gerando muita polêmica, pois foi realizado exclusivamente com ratos, e não com seres humanos. Isto não significa que as pessoas que necessitam devam interromper o uso de adoçantes.
Um fato muito interessante, segundo Carlos Gouvêa – presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos e Especiais (Abiad) – é que o aumento da incidência da diabetes e da obesidade estão entre os principais motivos da população que consome produtos diet/light por preocupação com a saúde. Atualmente, 1,2 bilhão de pessoas estão acima do peso no mundo. Desse total, 22 milhões são crianças com idade abaixo de 5 anos e 300 milhões são obesas. “Um em cada dois brasileiros já fez regime em algum momento de sua vida, ou está preocupado com a melhoria da qualidade de vida”.
É importante que no momento da compra você leia atentamente o rótulo dos alimentos e verifique para qual
a finalidade ele foi desenvolvido. Observe com muito cuidado a composição nutricional do produto, identificando a quantidade de cada nutriente.
O mais importante é que você identifique qual é a sua real necessidade e possa fazer a escolha mais acertada.
fontes: musclemassablog,

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